segunda-feira, 3 de junho de 2019

San Gimignano – Toscana – Itália

A cidadela medieval deve seu esplendor e posterior declínio à passagem da Via Francigena que levava peregrinos do Norte da Europa para Roma. No auge de seu esplendor, foi atingida pela Peste Negra (em 1348) que levou à dizimação da população e a um empobrecimento do qual a cidade não conseguiu se recuperar. Quando a peste acabou, o trânsito de peregrinos havia se deslocado para novas estradas e rotas, tirando San Gimignano da linha de desenvolvimento econômico. Ao longo do tempo muitas torres desabaram ou foram cortadas, devido ao declínio econômico e à disputa entre as famílias, porém, a falta de recursos financeiros impediu renovações em sua arquitetura, mantendo seu aspecto medieval intacto. Infelizmente, das 72 casas-torres (uma para cada família rica) construídas na Idade Média, hoje existem apenas 13. Mesmo assim, ver das colinas as torres da cidade medieval é emocionante.


Como chegar: de carro ou trem + ônibus. Não há estação de trem bem próxima da cidadela, então, quem vai de trem deve ir até Poggibonsi, a 12 km da cidade murada. De lá, pode-se tomar um ônibus, que leva mais uns 25 minutos até San Gigmignano, ou um táxi, que deve levar em torno de 10 minutos. Quem estiver de carro, deve deixar o veículo em um dos estacionamentos na parte de fora da muralha – há alguns bem próximos da Porta San Giovanni.

Como se locomover: a cidadela é bem pequena, sendo bastante tranquilo conhecê-la à pé. A parte interna da muralha é uma ZTL (Zona de Tráfego Limitado) e poucos veículos podem transitar por ali. 


SAN GIMIGNANO

Sugestão de roteiro:

Via San Giovanni: a visita pode começar com uma caminhada por esta ruazinha, eixo central da Francigena, entrando na cidade pela Porta San Giovanni. Cheia de lojas de souvenirs, bares e restaurantes, após o arco da porta, à direita, ficam as ruínas da Igreja de San Francesco, com a fachada em estilo românico de influência oriental. Na época de seu desenvolvimento máximo, a Igreja era um abrigo para os peregrinos e viajantes; em seguida, tornou-se um mosteiro franciscano.

Piazza della Cisterna: subindo a Via San Giovanni, chega-se à praça principal e mais bonita da cidadela. A praça, em forma de triângulo, é inteiramente pavimentada com tijolos e seu nome foi dado graças à cisterna octogonal de água, localizada em seu centro, que servia para a coleta e conservação de água para população.

Gelateria Dondoli: na Piazza della Cisterna, encontra-se a Gelateria Dondoli, conhecida por ter ganhado o prêmio de melhor gelato do mundo. A fila normalmente é grande, mas anda rápido, e o delicioso gelato vale o esforço. Não sei se é o melhor do mundo, mas é muuuuiiito bom!

Piazza del Duomo: chegando na Piazza della Cisterna pela Via San Giovanni, a primeira saída à esquerda conduz à Piazza del Duomo ou da Catedral. A praça impressiona pela riqueza dos edifícios circundantes, entre eles a Torre Grossa e as Torres gêmeas dos Salvucci. A partir da escada, encontramos a Collegiata, Catedral da cidadela. Foi construída em 1100 e é uma das mais bem preservadas no estilo toscano românico. Para entrar é necessário pagar o ingresso, que pode ser comprado junto com o do Museu de Arte Sacra, logo ao lado da entrada lateral da Catedral.

Torre Grossa: com entrada pela Piazza del Duomo, é a torre mais alta de San Gimignano, com 54 m. Subindo suas escadarias, pode-se ter uma vista magnífica de toda a cidade e seus arredores montanhosos. Seu ingresso também permite a visita a um pequeno museu, com algumas obras muito bonitas, predominantemente sacras.

Ristorante Le Vecchie Mura: restaurante imperdível para quem vai até a cidadezinha. Com culinária tradicional toscana, está localizado junto às muralhas, com uma vista lindíssima, pratos saborosos e excelentes preços. Um gnocchi com molho de trufas e queijo sai por € 11 (set/2017), um spaghetti a carbonara por € 9, e um tinto do Chianti por € 12. Em seis pessoas gastamos € 87,5. Quando fizer a reserva, peça uma mesa nos jardins (terrazza panoramica). Situado a 150 m da Piazza della Cisterna, na Via Piandornella, 15. Site: www.vecchiemura.it.


Passeios próximos à San Gimignano

Se vc gosta de vinhos...

Fattoria Poggio Alloro: localizada a 5 km de San Gimignano, com um bela vista da cidadezinha, essa fazenda é uma mistura entre vinícola e produção de alimentos (como queijos, embutidos, massas, entre outros). Tudo o que é servido em seu restaurante é produzido ali mesmo, desde ovos, carne e frutas. A visita, assim como o almoço, caso queira almoçar por lá, devem ser agendados (info@fattoriapoggioalloro.com). Também pode-se hospedar lá. Quando fiz o agendamento, já não havia disponibilidade para o almoço, de modo que fizemos apenas o tour com degustação dos vinhos. Há dois tipos de degustação: a “Poggio Alloro”, onde são degustados 4 vinhos, acompanhados de queijo e pães (€ 10 por pessoa, set/2017) e a “Toscana”, com 4 vinhos, 2 tipos de queijos, presunto cru (“prosciutto”) e salame (€ 17 por pessoa). Neste passeio, inicialmente é feito um tour para conhecer o processo de produção dos vinhos e, em seguida, é feita a degustação. Há uma lojinha onde é possível comprar os vinhos e outros produtos (azeite, aceto balsâmico, biscoitos, massas, etc.) produzidos ali. Endereço: Via S. Andrea, 23, Localitá Montefalconi, 53037, San Gimignano. Site: http://fattoriapoggioalloro.com.


Cidadelas medievais: para quem vai de carro, há diversas opções de passeios bem próximos de San Gimignano, que pode ser combinado, em um passeio de um dia, com Monteriggioni e Colle di Val d'Elsa ou Volterra. Nós escolhemos dar uma voltinha e almoçar em Monteriggioni...

Monteriggioni: a pequenina cidade, localizada na região de Chianti, é uma preciosidade medieval. A muralha, perfeitamente circular, é das mais bem preservadas da Itália. Bem pequena, pode ser percorrida a pé, do portão de entrada ao de saída, em cinco minutos. Foi construída no início do século XIII e logo se transformou em um posto militar com o objetivo de defender as fronteiras do norte de Siena contra as invasões florentinas. Ainda hoje, a cidade se mantém praticamente com a mesma estrutura da época em que foi construída. Suas muralhas, feitas com grandes blocos de pedra, e suas 14 torres foram imortalizadas por Dante na Divina Comédia, como alegoria ao abismo mais profundo do mundo, em Inferno. Logo após a entrada, à direita, há uma tenda onde pode-se comprar ingresso para caminhar sobre as muralhas "do inferno" segundo Dante. Dentro da fortificação há uma praça, uma igreja românica, algumas casas, lojas, restaurantes e hotéis.

Ristorante Il Pozzo: restaurante de culinária típica toscana, bastante saborosa, com pratos como a ribolita e a bistecca alla fiorentina, bruschettas, massas com trufas, entre outros. As mesas na parte externa têm uma bela vista para a praça principal (Piazza Roma) de Monteriggioni. Não é um restaurante barato, mas tbm não é absurdo: as massas e risotos variam de € 12 a € 15 (set/2017), em média; a bisteca para duas pessoas, em torno de € 60; sobremesas, por volta de € 7; vinhos, a partir de € 20. O preço é condizente com a qualidade do serviço. Site: www.ilpozzo.net.

segunda-feira, 19 de março de 2018

Florença – Itália


Berço do Renascimento... Em geral, as pessoas vão para lá para ficar até três dias, e eu acho esse tempo o mínimo para conhecer o básico (sim, pq tem muita coisa para conhecer em Firenze!). Em 2015, fiquei um mês por lá estudando italiano, e não consegui conhecer tudo o que eu queria. 

Como chegar: Não há vôos diretos do Brasil parra Florença. Fui para lá com a Airfrance, em um vôo com conexão em Paris. Também dá para ir, a partir de Roma, de trem, uma viagem que leva cerca de 1h30.

Onde ficar: fiquei duas vezes lá em apartamentos alugados no AirBnb. Na primeira, aluguei um apartamento bem próximo da Piazza del Dumo, para duas pessoas, por um mês, o que foi ótimo pq era super perto da maioria das atrações. Na última, estávamos em três casais e alugamos um apartamento um pouco mais distante do centro, o que tem suas vantagens (economia, por exemplo) e desvantagens (tínhamos que caminhar um bom tanto para chegar às principais atrações).

Como se locomover: a parte turística da cidade não é tão grande e é possível fazer quase todos os passeios a pé mesmo, até pq não há muitas opções para deslocamento pelo centro. A área central da cidade é uma ZTL (Zona de Tráfego Limitado), e poucos veículos podem transitar por ali, então não é viável alugar um carro para conhecer a cidade, além de serem poucos (e caros) os estacionamentos nessa região. Também não tem metrô. Ou seja, o melhor jeito é caminhar mesmo! E vale a pena para curtir a cidade, que é muito linda!


FLORENÇA

Abaixo segue uma sugestão de roteiro básico para quem vai ficar uns 3 dias por lá. Basicamente, é o roteiro que fiz quando levei meus pais e sogros para conhecerem a cidade.

Dia 1: Piazza del Duomo (Catedral, Batistério e Campanário); Mercado Central, Capela Medici, Galeria da Academia; Praça da República.


Catedral de Santa Maria del Fiore: sua construção começou em 1296 e estendeu-se por quase seis séculos. A cúpula, projetada por Filippo Brunelleschi, chama a atenção devido à imponência: tem 45 m de diâmetro interno e 54 m de diâmetro externo, atinge cerca de 114 m e pesa em torno de 37.000 toneladas. Na parte interna da cúpula, os 3.600 m2 quadrados retratam o Juízo Final, pintado por Giorgio Vasari e Federico Zuccari, entre os anos de 1572 e 1579. A fachada só foi concluída no final do século XIX e as monumentais portas de bronze, no começo do século XX. A planta do Duomo não é uma cruz latina ou cruz grega (4 lados iguais), mas uma junção entre uma planta longitudinal típica das basílicas paleocristãs e de uma planta central. Na região da abside (onde se encontra o altar), em planta faz o contorno de uma flor estilizada, que retoma o nome da igreja e da cidade. A entrada na catedral é gratuita. Para visitar a cúpula de Brunelleschi, você deverá comprar um bilhete único, que permite a entrada também no Campanário de Giotto, na Cripta e no Batistério, e custa € 15 (set/2017), além de enfrentar seus 463 degraus. Horários: Catedral – 10h às 17h; Cúpula – 08h30 às 19h.

- Campanário de Giotto: em 1334, Giotto foi contratado e iniciou o projeto do campanário, considerado o mais bonito da Itália, com mais de 84 m de altura e 15 m de largura. No entanto, o arquiteto morreu três anos mais tarde, após a conclusão da primeira parte da obra, que foi finalizada em 1359. A subida até seu topo tem 414 degraus. De lá se tem uma bela vista da cidade. Horário: 08h15 às 19h.

- Batistério de São João: monumento mais antigo da Piazza del Duomo. As origens deste monumento são incertas – um primeiro edifício foi construído no século V ou VI, já como um batistério e octogonal como o atual. Em meados do século XI, foi reconstruído e enriquecido com mármore, alguns dos quais vieram de edifícios antigos. Nos séculos XII e XIII foi adicionada a cúpula e a abside retangular. Abriga obras de arte importantes, como a “Madalena”, de Donatello, e um dos mosaicos mais preciosos do mundo. O exterior do edifício é decorado com mármores brancos e mármores, característicos da arquitetura românica florentina. Três dos oito lados se abrem com três grandes portas, famosas por suas decorações, realizadas entre os séculos XIV e XVI. A porta mais antiga, realizada em 1330, é a Porta Sul (em direção a Via del Calzaiuoli) realizada por Andrea Pisano. As portas tem 28 enquadros que narram episódios da vida de João Batista. A Porta Norte, realizada por Lorenzo Ghilberti, entre 1403 e 1424, narra histórias da vida e da paixão de Cristo, inspirados do Novo Testamento. A porta leste, de frente ao Duomo, foi feita por Lorenzo Ghiberti, entre 1425 e 1450, com cenas do Antigo Testamento e foi nomeada por Michelangelo de “Porta do Paraíso”; o painéis atuais são cópias, seus originais estão expostos no Museo dell’Opera del Duomo. Horário: 08h15 às 10h15 e 11h15 às 19h30.

- Mercato Centrale: lugar da boa gastronomia toscana. Seu andar de baixo é um mercado tradicional com produtos frescos, frutas, flores, verduras, carnes, peixes, massas frescas, queijos, presuntos, vinhos e outros quitutes e funciona de segunda a sexta de 7h às 14h. Fica aí também o Nerbone, que serve um famoso sanduíche de lampredotto. No segundo andar, estão localizados vários restaurantes, uma escola de culinária, uma escola de vinhos, uma enoteca, e muito mais, em um ambiente que combina a estrutura de mercado do século XIX com um extraordinário projeto de design e funciona todos os dias das 10h à meia noite.

- Capela Médici: localizada no interior da Basílica de São Lourenço, foi construída pela Família Médici durante a Renascença e atualmente compreende duas construções: a Sacristia Nova (concebida por Michelangelo) e a Capela dos Príncipes. A Sacristia Nova foi idealizada pelo Cardeal Júlio de Médici, o futuro Papa Clemente VII, para ser a sepultura pessoal de sua família. A Capela dos Príncipes é um mausoléu grandioso e pomposo erguido entre 1604 e 1640. Sua grande cúpula e interior luxuosamente decorado de mármore, testemunham a grandeza da dinastia Médici, naquela época firmemente estabelecida no trono da Toscana. A sala octogonal, concebida para recolher os restos dos Grão-Duques, é decorada com pedras semipreciosas e mármore, com grandes sarcófagos completados com estátuas de bronze nos nichos. O trabalho de execução das incrustações de pedras semipreciosas durou séculos, devido à dificuldade em encontrar esses materiais e ao seu custo elevado.

- Galeria da Academia: foi fundada juntamente com a Academia de Belas Artes, em 1784, pelo então Grão-Duque da Toscana Pedro Leopoldo. O propósito da criação da Academia era estabelecer um centro de ensino de arte e proporcionar aos estudantes acesso a um grupo seleto de obras de arte, que serviriam como estímulo e exemplo para estudo e desenvolvimento dos futuros artistas. Na época de sua fundação, a Galeria já contava com obras importantes e logo passou a ser enriquecida com pinturas removidas de igrejas e conventos extintos pelo Grão-Duque no final do século XVIII e depois por Napoleão em 1810. Em 1873, o “David”, de Michelangelo, foi removido de sua posição original, na Piazza della Signoria, para um espaço especial na Galeria, e esta escultura é o ponto alto da visita neste museu. Aberta de terça a domingo, das 8h15 às 18h50.

- Praça da República: durante o império romano, sediava o fórum e o mercado medieval. O Arco da Abundância foi construído por Giovanni Battista Foggini para separar duas ruas principais do império romano. No século XVI, Cosimo I de Médici forçou os judeus da cidade a morarem na praça, o que a tornou um reduto judeu. Na Idade Média, a praça tinha várias igrejas e torres, mas no século XVIII o conselho da cidade resolveu “limpar” o centro da praça e várias obras foram destruídas. Hoje a praça não apresenta muitos monumentos além do arco, mas tem o carrossel mais famoso da cidade e é um dos locais preferidos de artistas de rua para apresentações. Ao seu redor, vários cafés e restaurantes agradáveis, além do famoso e chiquérrimo Hotel Savoy. À noite fica linda toda iluminada e vários artistas fazem apresentações por ali.

- La Rinascente: situada na Praça da República, é uma loja de departamentos onde é possível encontrar desde roupas, cosméticos e bolsas, a utensílios domésticos e produtos alimentícios, como massas, acetos balsâmicos, azeites, entre outros. No quarto e último andar fica a entrada para o Caffé La Terrazza. Achei a comida ali um pouco sem graça, mas do terraço tem-se uma vista maravilhosa da cidade, especialmente da Catedral, que por si só já vale a visita. Aberta das 9h às 21h. End.: Piazza della Repubblica, 1/R.


Dia 2: Santa Croce, Palazzo Vecchio, Galeria degli Uffizi.


- Basílica de Santa Croce (Santa Cruz): maior igreja franciscana do mundo, famosa por abrigar os túmulos de algumas das maiores personalidades italianas, entre elas Michelangelo, Galileu Galilei, Maquiavel, Enrico Fermi, Leonardo Bruno, entre outros. A igreja foi iniciada em 1294, bancada por algumas das famílias mais ricas da cidade, e consagrada em 1442 pelo papa Eugênio IV. Com interior amplo e austero, seguindo a estética franciscana, tem como característica marcante suas 16 capelas, muitas decoradas com afrescos de Giotto e seus alunos, e os monumentos funerários. Sua fachada de mármore, em estilo neogótico, só foi concluída em 1857. O campanário foi construído em 1842. Aberta de segunda a sábado das 9h30 às 17h30, e aos domingos e feriados religiosos das 14h às 17h30 (última entrada às 17h).

- Palazzo Vecchio: localizado na Piazza della Signoria, é um dos marcos da capital toscana. Sua construção, em estilo gótico medieval, é uma mistura entre fortaleza e palácio. Começou a ser construído em 1299 e foi terminado quinze anos mais tarde. Inicialmente, servia como sede da Signoria, principal órgão do governo da República Florentina. Com o governo dos Médici, tornou-se residência dos duques da Toscana e foi então que grande parte do interior foi remodelado segundo os elegantes padrões do Renascimento. Quando Cosimo I de Médici transferiu a sua residência para o Palácio Pitti, o Palazzo della Signoria foi rebatizado de Palácio Velho ou Palazzo Vecchio. Entre 1865 e 1872, durante a luta pela unificação da Itália, foi por algum tempo sede do governo. Após a unificação, tornou-se sede da Prefeitura de Florença e da Câmara Municipal, e várias salas foram abertas ao público. No interior do palácio atualmente funciona um museu onde estão expostas obras de arte dos grandes artistas da Renascença italiana. Também pode-se apreciar os magníficos apartamentos dos Médici e as salas que antigamente recebiam as figuras mais poderosas da Toscana. O destaque do interior é o enorme primeiro andar onde fica o Salone dei Cinquecento, rico de afrescos de Vasari que retratam a história de Florença. Era ali que funcionava a Câmara do Conselho da cidade, onde se reuniam seus 500 membros (por isso o nome do salão). Ainda hoje este salão é usado para cerimônias governamentais e cívicas. Do andar dos apartamentos privados, pode-se subir 233 degraus até o alto da torre para observar o lindo panorama da cidade. Sua imponente torre, a Torre de Arnolfo, com seus 94 m de altura, é a mais alta da cidade. Aberto todos os dias, exceto às quintas, das 9h às 23h.

- Galleria degli Uffizi: o palácio foi construído em 1560 por Cosimo I de Médici, Duque de Florença, que pediu ao arquiteto Giorgio Vasari um edifício para acolher os escritórios (uffizi, em italiano) administrativos e judiciários do Ducado da Toscana. Seu filho Francesco utilizou o último andar do palácio para organizar sua coleção de esculturas e obras de arte, nascendo assim o museu. Atualmente, é considerado um dos maiores museus do mundo, com a melhor coleção de obras do Renascimento. Dividido em várias salas por escolas e estilos, em ordem cronológica, de forma que você sente estar acompanhando a “evolução” da arte, exibe obras do século XII ao século XVIII de artistas como Caravaggio, Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael, Ticiano, Sandro Botticelli, Rembrandt, Canaletto, entre outros. Fazendo o percurso completo, você verá de arte bizantina aos quadros barrocos de Caravaggio. Suas principais obras são: “Nascimento de Vênus” e “Primavera”, de Botticelli (Salas 10-14); “Anunciação”, de Leonardo da Vinci (Sala 15); “Cabeça da Medusa”, de Caravaggio, entre outras. Aberto de terça a domingo, das 8h15 às 18h50.


Dia 3: Ponte Vecchio, Jardim de Boboli, Palácio Pitti; Piazzale Michelangelo.


- Ponte Vecchio: Ponte em arco medieval sobre o Rio Arno, famosa por ter uma várias ourivesarias e joalharias ao longo de todo o tabuleiro. Consiste em três arcos, o maior deles com 30 m de diâmetro. Acredita-se que tenha sido construída ainda na Roma Antiga e era feita originalmente de madeira. Foi destruída pelas cheias de 1333 e reconstruída em 1345. Sempre albergou lojas e mercadores, que mostravam as mercadorias sobre bancas, com a autorização do Bargello, a autoridade municipal de então. Em 1442, foi determinado que os açougueiros da cidade deveriam ocupar as lojas da Ponte Vecchio para preservar a higiene pública. Em 1565, o recém grão-duque, Cosimo I de Médici, pediu ao arquiteto Giorgio Vasari para construir um corredor sobrelevado que ligasse o palácio do governo (Palazzo Vecchio) à sua residência (Palazzo Pitti), motivado pela incerteza do apoio da população ao Duque e ao novo sistema de governo que substituiu a República Fiorentina. O Corridoio Vasariano (como é conhecido hoje) foi construído em apenas 5 meses. Em 1596, Ferdinando I, incomodado com o mal cheiro dos açougues que ocupavam a ponte, determinou que apenas joalherias a ocupariam. Para receber Hitler em Florença em 1938, Mussolini mandou abrir duas grandes janelas no centro da ponte para que aquele pudesse admirar o panorama oeste do Rio Arno. Durante a Segunda Guerra Mundial, no bombardeio nazista à cidade, a ponte não foi danificada. Acredita-se que tenha sido uma ordem direta de Hitler.

- Jardim de Boboli: situado atrás do Palácio Pitti, é o parque mais famoso de Florença. Por quase quatro séculos foi o jardim da residência do Grão-Ducado da Toscana e, por um curto período, dos reis da Itália. A família Médici foi a primeira a cuidar do jardim, criando o modelo de jardim italiano, que foi fonte de inspiração para muitas cortes europeias. A vasta área verde, dividida em partes regulares, cria um museu ao ar livre, decorado com estátuas antigas e renascentistas e embelezado com grandes fontes e grutas, entre as quais a esplêndida Gruta de Buontalenti. Aberto todos os dias das 8h15 às 18h30.

- Palácio Pitti: grande palácio renascentista, situado na margem direita do rio Arno. Seu aspecto atual data do século XVII, tendo sido originariamente projetado por Filippo Brunelleschi (em 1458). Foi comprado em 1539 pela Família Médici, para servir de residência oficial dos Grandes Duques da Toscana. Atualmente é o maior complexo museológico de Florença. O edifício está dividido em: Galeria Palatina, Apartamentos Reais, Galeria de Arte Moderna, Museu da Prata, Museu da Porcelana e Galeria do Traje, além da entrada para os Jardins de Boboli. A Galeria Palatina, situada no primeiro andar do piano nobile, é a mais famosa das galerias, com um grande conjunto de obras de pintores da Renascença, que faziam parte das coleções privadas dos Médici e seus sucessores. Esta galeria, que atravessa os apartamentos reais, contém trabalhos de Rafael Sanzio, Ticiano, Correggio, Rubens e Pietro da Cortona. A galeria mantém o caráter de coleção privada, com as obras dispostas nas salas para as quais foram idealizadas, em vez de estarem organizadas seguindo uma sequência cronológica, ou de acordo com a escola de arte. Funciona de terça a domingo; abertura às 8h15, o horário de fechamento varia, conforme a época do ano, de 16h30 a 19h30.

- Piazzale Michelangelo: uma das maravilhosas praças de Florença, de onde é possível ter uma vista incrível de toda a cidade. Foi construída sobre uma colina ao sul do rio Arno, no bairro de Oltrarno. 


Dica: Firenze Card  para quem vai ficar pelo menos três dias em Florença, o que é bastante recomendado, uma dica é comprar o Firenze Card, que pode ser adquirido pelo site (www.firenzecard.it) ou em algumas bilheterias de pontos turísticos da cidade (na última vez comprei no Palazzo Strozzi). Este cartão tem validade por 72h, a partir do primeiro ingresso, e dá acesso aos principais pontos turísticos (ao todo são 72 lugares), com fila prioritária em quase todos (o que já vale muito a pena). Custa € 72, mas se vc for visitar as principais Igrejas e museus, ele certamente se paga, além de economizar muuuito tempo nas filas quilométricas que esses lugares costumam tem para entrar. Entre as atrações incluídas estão: os monumentos da Piazza del Duomo (Batistério, Campanário, Museu e Cripta – no subsolo da Catedral; com exceção da Catedral em si, cuja entrada é gratuita), a Galeria da Academia, o Palácio Medici Riccardi, a Capela Medici, a Basílica de Santa Croce, o Palácio Vecchio e sua Torre, a Galeria degli Uffizi, o Palácio Pitti, com todas as suas galerias, e os Jardins de Boboli, entre outras. Permite acesso às escadarias que levam ao topo cúpula da Catedral, porém para esta atração (apenas) é necessário fazer reserva de horário pelo site (www.ilgrandemuseodelduomo.it).


Onde comer: em geral, come-se muito bem na Itália. Mas nem sempre muito barato. E também quase sempre encontramos algumas armadilhas “pega-turistas” próximas às atrações turísticas. Pensando nisso, vou indicar alguns lugares que conheci e gostei...

Mercato Centrale: já falei sobre ele acima, nas sugestões do que fazer no Dia 1. Vários restaurantes de cozinha típica, com opções para todos os gostos e preços razoáveis. Pessoalmente, adoro os pratos com trufas do Luciano Savini.

Eataly: uma espécie de mercearia de produtos italianos, onde pode-se comprar massas, antepastos, molhos, etc. No primeiro andar, tem uma boa adega, com várias opções de vinhos a bom preço. Ao fundo tem um pequeno restaurante que apresenta poucas opções de pratos, porém tudo muito fresco e bem preparado. O spaghetti ou o gnhocci ao molho pomodoro são muito bons! End.: Via de' Martelli, 22, bem próximo da Piazza del Duomo.

Enoteca Alessi: não é um restaurante, mas para quem gosta de vinhos é um ótimo lugar para fazer uma degustação. Localizada no coração de Florença, a poucos metros da Piazza del Duomo, a enoteca é um misto de loja de vinhos e wine bar. Oferece algumas opções de degustação de vinhos muitos bons e excelentes petiscos para acompanhá-los. Além disso, conta com uma adega bastante completa, com vinhos italianos de todas as regiões e bons preços, especialmente nos toscanos. End.: Via Dell’Oche, 27.

Trattoria e Osteria Da Quei Ganzi: restaurante de culinária típica toscana, servindo pratos de carnes e peixes, com bons preços. Suas especialidades são os peixes e frutos do mar. Em seis pessoas, pedimos uma salada caprese (€ 9, set/2017), um risoto de vieiras (€ 13), uma massa (paccheri) com molho de cordeiro e cogumelos (€ 11), um tagliatelle com ragu “branco” (apenas carne, € 10), uma carne grelhada com batatas (tagliata di manzo, € 18) e um bacalhau à livornesa, além de um vinho Primitivo di Manduria (€ 19). Pedi também um tiramisú (€ 5) de sobremesa. Todos os pratos estavam ótimos, com destaque para o delicioso risoto de vieiras. Fica na Via Ghibellina, 70r, pertinho da Igreja Santa Croce. Faça reserva pelo site: www.daqueiganzi.it.

Hostaria Il Desco: localizada numa ruazinha bem pouco movimentada, bem próxima da Ponte Vecchio, foi uma agradável surpresa para nós. Em um ambiente bonito e bem iluminado, servem pratos saborosos a bom preço. Além das várias opções de entradas e pratos do cardápio, oferecem no almoço um Menu del Giorno, com primeiro (massa ou sopa) e segundo prato (carne) + água por € 14 (set/2017), sendo possível pedir somente o primeiro prato por € 6 e o segundo por € 8. Pedimos gnocchi ao molho de gorgonzola e nozes (€ 12), risoto de camarões, champanhe e abobrinha (€ 12) e risoto de aspargos (€ 13), além de um vinho (€ 20). E, ainda, dois menus: um composto de spaghetti ao molho de tomates frescos (primo) e fatias de frango com vinagre balsâmico e rúcula (secondo) e o outro com creme de feijão e pancetta crocante (primo) e bisteca de porco com batatas assadas (secondo), ambos muuuito bem servidos! Em seis pessoas comemos super bem por um total de € 93, excelente preço pela qualidade oferecida! Recomendo! Dizem também que é um ótimo restaurante para provar a (famosa) bistecca alla fiorentina. End.: Via delle Terme, 23r. Site: www.hostariaildesco.com.

Gusta Pizza: pizzas napolitanas com ótimo preço. São poucos sabores, mas são deliciosas e muito baratas... Próximo ao Palácio Pitti, na Via Maggio, 46r.

Il Santo Bevitore: restaurante que mistura elementos tradicionais a contemporâneos, trazendo pratos bem elaborados e com um sabor único. O menu acompanha a sazonalidade dos ingredientes, alterando-se a cada mês. Recomenda-se fazer reservas, pois está quase sempre cheio. Situado na margem direita do rio Arno, próximo da Ponte Alla Carraia, na Via di Santo Spirito, 66r. Para reservas: info@ilsantobevitore.com. Site: www.ilsantobevitore.com.

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Capri – Itália

Quem está em Roma em um período de calor e quiser dar uma esticadinha, pode fazer um passeio para a lindíssima ilha de Capri, que já foi residência de verão de Tibério, filho do imperador Augusto. Muito frequentada por celebridades, entre seus vários atrativos, destacam-se suas belezas naturais, com diversas grutas e um lindo mar, cujas águas, dependendo do local e posição do sol, variam de azul turquesa a verde esmeralda.

Quer ver algumas fotos dessa viagem? Vai lá no meu instagram: @viagemcomacris.

Como chegar: de Roma a Nápoles leva-se em torno de 1h10 de trem. De Nápoles, toma-se um ferry para a ilha, que levará entre 50 min a 1h20, dependendo do ferry escolhido (os horários podem ser conferidos pelo site www.capri.com/en/ferry-schedule).


Onde ficar: algumas pessoas fazem esse passeio como um bate-e-volta de um dia, a partir de Roma, mas nós dormimos uma noite por lá, para aproveitar a cidade depois que a multidão de turistas, que chegam nos cruzeiros, já se foram. Ficamos hospedados no Hotel La Residenza, hotel muito bom e com uma bela vista.


Como se locomover: chegando na ilha, pela Marina Grande, pode-se tomar o funicolare para subir até a vila de Capri, desfrutando de uma linda vista. Pela vila, dá pra fazer vários passeios a pé mesmo, ou tomando-se algum dos pequenos ônibus que saem de uma pracinha próxima à Piazzetta (praça onde se chega pelo funicolare), descendo pela Via Roma.


CAPRI

O que fazer na ilha? Há várias atrações, parques, mirantes, praias, enfim... Algumas das minhas dicas são:


1. Passear tranquilamente por suas ruazinhas, que são dominadas por aromas deliciosos. Isto porque a ilha abriga fábricas de perfumes que aproveitam as flores típicas, o limão e a laranja para extrair as suas essências. Em suas belas vielas, além do aroma, há uma profusão de boutiques de marcas internacionais, lojas, ateliers, galerias e restaurantes. Os preços são um pouco mais caros que outras cidades da Itália, mas vale a pena conhecer essa ilha.


2. Tour de barco em volta da Ilha: o famoso giro dell'isola, passeio obrigatório a quem vai à Capri, especialmente no verão. Há várias opções, desde barcos e botes privados, para duas pessoas, ou para grupos, com duração de 2h a 8h, quase todos saindo da Marina Grande. Nós alugamos um barco pequeno, para casal, com a empresa Capri Relax Boats (www.caprirelaxboats.com), e o piloto nos levou para dar a volta na ilha parando em alguns pontos propícios para nadar e mergulhar, além de ir mostrando os pontos e grutas mais famosos. Neste passeio, passamos pelas belíssimas rochas de Faraglioni, que já foram cenário de um comercial de perfumes da Dolce & Gabanna, e pelo Farol de Punta Carena. Se o mar estiver tranquilo, é possível fazer o passeio que entra na Gruta Azul (pago a parte, na própria entrada da Gruta).



Onde comer: alguns lugares que conhecemos e gostamos...


Ristorante Lo Zodiaco: agradável com uma bela vista da marina. Pedimos um prato de atum selado em fatias (tagliata di tonno), um filé de peixe grelhado e uma salada, que estavam bem temperados e saborosos. Achamos o atendimento um pouco lento, mas a vista compensou. Fica na Marina Grande, à esquerda de quem chega de ferry.


Ristorante Lo Smeraldo: linda vista e peixes e frutos do mar fresquíssimos. Eles vêm com um carrinho mostrar os peixes e frutos do mar do dia e vc escolhe qual vai querer. Comemos um penne ao molho de limão siciliano com primeiro prato e um peixe e uma lagosta grelhados como segundo prato. Todos ótimos! Localizado na Marina Grande, logo à direita de quem chega de ferry, atrás das bilheterias dos ferries.



Ristorante Da Paolino: restaurante pitoresco com jardins repletos de limoeiros, um “céu” de limões sicilianos, com culinária típica caprese. Um lugar perfeito para um jantar romântico! Pedimos um linguini al limone e um peixe grelhado, ambos deliciosos! A sobremesa pode ser escolhida em um buffet, e escolhemos uma merengata de frutas vermelhas e um pudim. É necessário fazer reserva (https://paolinocapri.com/it/prenota). Fica a uns 10 min de caminhada da Marina Grande, na Via Palazzo a Mare, 11.

sábado, 17 de fevereiro de 2018

Roma – Itália

A cidade eterna! Belíssima, com monumentos de todos os tempos e para todos os gostos, excelente gastronomia, enfim, um lugar incrível. Daqueles para ir mais de uma vez na vida.

Minha última visita foi em setembro de 2017, com minha família. 
Quer ver fotos dessa viagem? Siga meu instagram: @viagemcomacris ;)

Como chegar: nas proximidades de Roma, encontra-se o aeroporto de Fiumicino, com vôos diretos do Brasil, pela empresa Alitalia. Nunca viajei com esta empresa aérea. Nas vezes em que estive na cidade, cheguei em Roma por conexão (a partir de Paris ou Amsterdã) ou de trem, vindo de Florença.

Onde ficar: fiquei hospedada duas vezes no Hotel Gioberti, localizado próximo à estação de trem/metrô Termini. O hotel é muito bom e a estação próxima é muito conveniente, tanto para passeios na cidade, quanto para alguns bate-e-volta a partir de Roma. Além disso, a estação se liga ao aeroporto de Fiumicino, por meio do trem Leonardo Express.

Como se locomover: boa parte das principais atrações é acessível pelo metrô. Nas demais, fomos caminhando mesmo (e tem que caminhar bastante... rs...). 


ROMA

Para conhecer o básico, deve-se ficar na cidade, no mínimo, três dias (o que acho pouco para conhecer as atrações principais com calma). Segue uma sugestão do que conhecer neste período.

Dia 1: Roma Antiga – Coliseu, Arco de Constantino, Foro Romano, Monumento a Vittorio Emanuele II, Templo de Hércules Vitorioso e Pirâmide de Cestius


- Coliseu: também conhecido como Anfiteatro Flaviano, sua construção começou sob o governo do imperador Vespasiano em 72 d.C. e foi concluída em 80 d.C., sob o regime do seu sucessor e herdeiro, Tito. Algumas modificações foram feitas durante o reinado de Domiciano (81-96). Estes três imperadores foram da família (Flavius) – dinastia flaviana – e, por isso, o anfiteatro foi nomeado em latim desta maneira. É um anfiteatro oval, construído com concreto e areia, o maior anfiteatro já construído. Poderia abrigar entre 50 mil e 80 mil espectadores, com uma audiência média de cerca de 65 mil pessoas. Era usado para combates de gladiadores e espetáculos públicos, tais como caças de animais selvagens, execuções, encenações de batalhas famosas e dramas baseados na mitologia clássica. Deixou de ser usado para entretenimento na era medieval. Mais tarde foi reutilizado para vários fins, tais como habitação, oficinas, sede de uma ordem religiosa, fortaleza, pedreira e um santuário cristão. Trata-se de uma das sete maravilhas do mundo antigo e, em 2007, foi eleito informalmente como uma das sete maravilhas do mundo moderno. Um passeio muito bacana é o passeio noturno pelo Coliseu, principalmente em uma noite de luar, longe das multidões que o visitam durante o dia, e do calor também, dependendo da época em que estiver por lá. Esse passeio, que normalmente é feito de março a outubro, se chama La Luna sul Colosseo (a Lua sobre o Coliseu), e deve ser adquirido com antecedência, pelo site www.coopculture.it (€ 20 por pessoa, set/2017), pois tem dia e horário marcado e é feito para um número reduzido de visitantes. Deve-se chegar uns 15 min antes do horário para ir à bilheteria e trocar o voucher. O passeio é guiado, geralmente por um arqueólogo, que conduz até o interior do Coliseu e da Arena e fala sobre a história do monumento. O passeio dá acesso inclusive aos subterrâneos do Coliseu. Metrô: Colosseo (linha B – azul).

- Arco de Constantino: foi construído para comemorar a vitória de Constantino contra Massenzio, na Batalha da Ponte Mílvio, em 312 d.C. A batalha está representada sobre o lado direito do arco, na frente oposta ao Coliseu. O arco, inaugurado oficialmente em 315, possui 21 m de altura, 25,7 m de largura e 7,4 m de profundidade. Serviu de inspiração para o arco mais famoso do mundo – o Arco do Triunfo, em Paris.

- Foro Romano: praça (fórum) retangular, circundada pelas ruínas de várias construções públicas de grande importância cultural. Principal centro comercial da Roma Imperial, este espaço era popularmente conhecido como Fórum Magno ou, simplesmente, Fórum. Durante séculos, foi o centro da vida pública romana, local de cerimônias triunfais e de eleições, onde se realizavam discursos públicos, processos criminais, confrontos entre gladiadores, e o centro dos assuntos comerciais. Coração da Roma antiga, foi considerado o ponto de encontro mais conhecido do mundo, em toda a história. Localizado no pequeno vale entre o monte Palatino e o monte Capitolino, o fórum é atualmente uma extensão de ruínas de fragmentos arquitetônicos e um sítio de escavações arqueológicas. Entre as principais ruínas se encontram o Arco de Tito, do ano 81 d.C., o Templo de Saturno, do século 5 a.C., e a Basílica Giulia, cujas origens remontam ao ano 54 a.C.. O ingresso é único para o Coliseu, Palatino e Fórum Romano e custa € 12 (set/2017). Abre diariamente das 8h30 às 18h.

- Monumento a Vittorio Emanuele II: também conhecido como Altare della Patria, ou ainda Il Vittoriano, é um monumento em honra ao primeiro rei da Itália unificada, considerado o pai da pátria italiana. Situa- se entre a Piazza Venezia e o Monte Capitolino, tendo sido projetado por Giuseppe Sacconi em 1885. Foi inaugurado em 1911 e completado em 1935. Feito de puro mármore branco, apresenta majestosa escadaria, colunas coríntias, fontes, uma enorme estátua equestre de Vittorio Emanuele e duas estátuas da deusa Vitória em quadrigas (carro de duas rodas, puxado por quatro cavalos). A estrutura tem 135 m de largura e 70 m de altura, mas, se as estátuas forem incluídas, a altura passa a ser de 81 m. Em 2007 foi inaugurado um elevador panorâmico, que leva ao topo do monumento, de onde se tem uma vista magnífica da cidade.

- Templo de Hércules Vitorioso: localizado na Piazza Bocca della Verità, perto da margem do rio Tibre, é um antigo templo romano circular rodeado de colunas. Datando do final do século II a.C., o templo tem 14,8 m de diâmetro e é composto por uma cela circular com um círculo concêntrico de vinte colunas coríntias de 10,66 m de altura apoiadas em uma fundação de tufo. A parede original da cela, construída em blocos de travertino e mármore e dezenove das vinte colunas permanecem, mas o teto de telhas é posterior. O templo é o mais antigo edifício de mármore sobrevivente em Roma. Em 1132, o templo havia sido convertido em igreja, conhecida como Santo Stefano alle Carozze. Restaurações e um afresco sobre o altar, representando a Virgem e o Menino com Santos, foram feitos em 1475. No século XVII, a igreja foi rededicada, desta vez como Santa Maria del Sole. Em 1935, o templo foi reconhecido oficialmente com um antigo monumento romano e finalmente restaurado em 1996.

- Pirâmide de Cestius: sim, Roma tem uma pirâmide! Construída entre 18 e 12 a.C., ao longo da Via Ostiense, para ser o sepulcro de Caio Céstio, um magistrado (pretor), tribuno da plebe e membro de um dos quatro grandes corpos religiosos de Roma, os septênviros epulões (septemviri epulonum). A pirâmide, de base quadrada de 29,6 m de lado e 36 m de altura, é feita de concreto tijolado coberto com lajes de mármore Carrara branco. A forma acentuadamente pontuda da pirâmide lembra muito as pirâmides núbias, favorecidas pela dinastia ptolomaica do Egito que findou com a conquista romana de 30 a.C.. Olhando de fora, parece menor, pois sua fundação está abaixo do nível da rua. Dentro dela há uma câmara mortuária, uma simples abóbada de berço retangular medindo 5,95 m de comprimento, 4,10 m de largura e 4,80 m de altura, repleta de afrescos ao estilo de Pompeia e emparedada conforme o costume egípcio. Durante o século III d.C., foi incorporada às Muralhas de Aureliano – um de seus portões sul, a Porta San Paolo, fica a poucos metros do monumento, sendo, por este motivo, uma das mais bem preservadas construções da Roma Antiga. Tours, inclusive por sua câmara funerária, estavam sendo oferecidos, duas vezes por mês, desde março de 2016, pelo site www.coopculture.it, porém foram encerrados a partir de agosto de 2017, para nossa tristeza. Metrô: Piramide (linha B – azul).


Dia 2: Roma Barroca – Piazza del Popolo, Piazza di Spagna, Fontana di Trevi, Pantheon, Piazza Navona, Campo dei Fiori e Castelo de Santo Ângelo


Piazza del Popolo: nesta praça se encontram as igrejas gêmeas de Santa Maria Montesanto e Santa Maria dei Miracoli, a Basílica Santa Maria del Popolo e o Obelisco Flaminio, trazido do Egito pelo imperador Otavio Augusto, mais antigo e segundo maior de Roma, com 24 m de altura; o maior está na Piazza San Pietro. Na localidade há também duas fontes muito bonitas: a Fontana della Dea di Roma de um lado e a Fontana del Nettuno do outro. A praça é palco de manifestações e festas populares como: shows, apresentações culturais e até eventos políticos. A Igreja de Santa Maria del Popolo, ao lado da porta, foi erigida no século XI, no local onde Nero morreu e foi sepultado, sendo mais tarde reconstruída com aspecto renascentista e, posteriormente, restaurada em estilo barroco, que permanece até hoje. A Igreja abriga obras artísticas de grande relevo como a Crucificação de São Pedro (1600), de Caravaggio, e a Conversão de São Paulo, do mesmo artista, além de vários afrescos e outras obras. Metrô: Flaminio (linha A – laranja).

Piazza di Spagna (foto): conta com uma fonte em seu centro, em formato de barco, a bela Fontana della Barcaccia, de Bernini, e uma escadaria com 135 degraus, toda decorada com inúmeros terraços-jardim que florescem durante a primavera e o verão. A escadaria leva até a histórica Igreja de Trinità dei Monti. Na frente da fonte fica a Embaixada da Espanha, que dá nome à praça. Metrô: Spagna (linha A – laranja).

Fontana di Trevi: maior e mais ambiciosa construção de fontes barrocas da Itália, com cerca de 26 m de altura e 20 m de largura. A água que a alimenta vem de um dos mais antigos aquedutos romanos: o Aqueduto Acqua Vergine. Em 1453, o papa Nicolau II, determinou que fosse consertado o aqueduto, construindo ao seu final um receptáculo para receber a água. Em 1629, o papa Urbano VIII encomendou a Bernini alguns desenhos, mas quando o papa faleceu o projeto foi abandonado. A contribuição de Bernini foi reposicionar a fonte para o outro lado da praça a fim de que esta ficasse defronte ao Palácio Quirinal – assim o papa poderia vê-la de sua janela. Em 1730, o papa Clemente XII organizou uma nova competição na qual Nicola Salvi foi derrotado, mas efetivamente terminou por realizar seu projeto. Este começou em 1732 e foi concluído em 1762, quando o Netuno, de Pietro Bracci, foi afixado no nicho central da fonte. Em sua parte superior, há quatro estátuas, que representam as estações do ano. No centro, sob o grande arco, está o Deus Oceano, conduzindo um carro em forma de concha puxado por dois cavalos-marinhos. Nas laterais estão duas estátuas que representam a Abundância e a Salubridade. Segundo a superstição, lançar uma moedinha na fonte garantirá seu retorno à Cidade Eterna.

Pantheon: famoso por sua cúpula inexplicável, de proporção gigantesca e sem nada que a sustente, com uma abertura de 9 m de diâmetro (óculo), foi construído em 27 a.C., durante o terceiro consulado de Marco Vipsanio Agrippa, que era um militar e arquiteto da época. Foi destruído por um incêndio em 80 d.C. e depois totalmente reconstruído em 125 d.C., durante o reinado de Adriano. Originalmente era um templo em homenagem a deuses pagãos e em 609 d.C. foi transformado em uma Igreja Católica, a Basilica di Santa Maria della Rotonda ou Basilica di Santa Maria ai Martiri, talvez por este motivo seja um dos monumentos mais bem preservados da Roma antiga. Em seu exterior, destacam-se suas grandes colunas coríntias de pedra maciça. No interior, encontram-se as tumbas dos reis da Itália Vittorio Emanuele II e Umberto I, além da tumba do famoso pintor Raffaello Sanzio. Localizado na Piazza della Rotonda. Entrada gratuita.

Piazza Navona: considerada a praça barroca mais bonita de Roma, foi construída em estilo monumental a mando do Papa Inocêncio X (Giovanni Battista Pamphili). Um de seus destaques, no centro da Praça, é a Fontana dei Quattro Fiumi (Fonte dos Quatro Rios), que foi esculpida por Bernini, entre 1648 e 1651, e representa os quatro rios mais importantes do mundo naquela época. O obelisco, que adorna esta fonte, vem do Circo di Massenzio, localizado na Via Appia Antica. Outros atrativos da praça são as fontes nas áreas sul e norte, Fontana del Moro e a Fontana di Nettuno, ambas esculpidas por Giacomo della Porta, a Igreja Sant'Agnese e o Palácio Torres Massimo Lancellotti. A Embaixada Brasileira na Itália se localiza na praça, no antigo e belo Palazzo Pamphili, datado de 1650. A praça tem formato de uma elipse, pois foi construída sobre as ruínas do antigo Estádio de Domiciano, onde ocorriam lutas de gladiadores e animais no século I.

Campo dei Fiori: antigamente ali acontecia um mercado de flores, daí o nome, mas hoje em dia acontece, todos os dias pela manhã, uma feira tradicional não só de flores, mas frutas, verduras, utensílios para cozinha, temperos típicos, roupas, etc. Bem no centro da praça está a estátua de Giordano Bruno, filósofo que foi condenado por heresia e queimado pela Igreja Católica ali mesmo, no local onde construíram a estátua. Cheia de restaurantes, trattorias e bares, à noite é sempre agitada, e os restaurantes e bares fazem o famoso Aperitivo que se inicia por volta das 18h30 e vai até às 21h30, mais ou menos. Funciona assim: paga-se um valor (de 8 a 12 euros aproximadamente), com direito a um drink e a comer todas as comidinhas do buffet, que variam de local para local. Um dos lugares indicados é o Baccanale.

Castelo de Santo Ângelo: se ainda tiver tempo, dirija-se até lá. Se não tiver, visite-o no dia em que for ao Vaticano, que fica bem próximo. O imperador Adriano mandou construir o monumento em 123 d.C. para que fosse o seu sepulcro e de seus familiares. Funcionou como sepulcro até 403 d.C., quando foi transformado em um castelo fortificado. Várias riquíssimas famílias romanas foram proprietárias, para ali se protegerem. Papa Nicolò III, que pertencia à família Orsini, uma das proprietárias da fortaleza, mandou construir o Passetto di Borgo, a passagem coberta e protegida que liga o Castelo diretamente ao Vaticano. Em 1367, o Papa Urbano V se refugiu ali após o exílio de Avignon. Aos poucos, o Castelo passou para o controle papal. A partir do século 15, apartamentos papais foram construídos com afrescos e decoração luxuosa. Cada novo papa realizava reformas e expansões das construções. Do século XVI até o século XIX, o Castelo perdeu pouco a pouco a função de fortaleza, para virar uma prisão. Muitos opositores dos papas foram aprisionados ali, até 1870, quando Roma foi proclamada capital do Reino da Itália, e o Castelo deixou de pertencer ao Vaticano passando para o Estado Italiano. Em 1925 foi estabelecido como Museu Nacional. Por ter sido uma residência papal, há salas ricamente decoradas com afrescos e ouro. Ademais, o Castelo hospeda um museu onde podem ser vistos desde esculturas de época romana, cerâmicas e porcelanas, a quadros e objetos militares da época em que o local ainda era uma fortaleza. São sete níveis de visita, desde os subsolos até o terraço. De seu terraço, é possível ter uma vista panorâmica da cidade, com destaque para a Basílica de São Pedro. Horários: de terça a domingo, das 9h às 19h30. A bilheteria fecha às 18h30. Localiza-se na margem direita do rio Tibre, diante da Ponte de Santo Ângelo, próximo ao Vaticano.


Dia 3: Vaticano – Museus Vaticanos, Capela Sistina, Basílica e Praça de São Pedro


Praça de São Pedro: desenhada por Bernini, no século XVII, seu estilo clássico pode ser apreciado na colunata (quatro enormes fileiras de altas colunas dóricas) que enquadra a entrada para a Basílica e a grande área oval que a precede, um espaço com 320 m de comprimento e 240 m de largura, que comporta mais de 300.000 pessoas, e se abre como um grande abraço maternal, simbolizando a Igreja Mãe. O obelisco central, datado do século I d.C. tem 40 metros de altura, incluindo a base e a cruz no topo, e foi trazido para Roma no reinado do imperador Calígula. Dizem que foi preciso mais de novecentos homens para erguê-lo. Está no lugar atual desde 1585 sob ordem do Papa Sisto V, que, conta-se, colocou no topo do obelisco um dos pedaços originais da cruz de Jesus Cristo. Bernini complementou a colocação do obelisco com uma fonte em 1675. Circundando o obelisco há uma espécie de “Rosa dos Ventos”, dezesseis discos em mármore decorados com rostos humanos soprando para as diversas direções do vento, com as pedras em volta alternando-se entre o vermelho e o verde. Em frente à Basílica se destacam duas estátuas de 5,55 m de altura dos apóstolos do século I Pedro e Paulo. A sua cúpula domina o horizonte de Roma, elevando-se a uma altura de 136,57 m. Recomenda-se começar o passeio desse dia pela Praça, caso vc queira ver o Papa (numa quarta-feira ou domingo). Se não for o caso, comece pelos Museus Vaticanos, que a visita acabará na Praça.

- Como ver o Papa: a maioria das pessoas que vai ao Vaticano, por diversos motivos, seja pela fé, ou por Ele ser um dos maiores líderes religiosos do mundo, quer ver o Papa. Há duas formas de fazer isso:
a) Aos domingos, ao meio dia, o Papa costuma aparecer na segunda janela (da esquerda pra direita) no último andar do prédio onde funciona a biblioteca do Vaticano (prédio da direita) para o Angelus. A bênção dura poucos minutos e só é realizada em italiano. 
b) Outra possibilidade de ver o Papa é às quartas-feiras, durante a Udienza Generale (ou Audiência Geral), quando o Papa passa no Papa-móvel pertinho dos fiéis na Praça São Pedro (por volta das 9h). Nesta audiência, o Papa realiza a benção apostólica e de objetos (como imagens e terços). Depois que o Papa fala, suas palavras são traduzidas para diversas línguas, inclusive português, por Bispos ali presentes. Para participar da Audiência Geral é necessário um convite especial, que é gratuito (veja as dicas em https://www.voupraroma.com/como-ver-o-papa-em-roma/). Se quiser se sentar nas cadeiras próximas durante a Audiência, é necessário chegar cedo, por volta das 7h.
Lembrando que, para qualquer dos eventos, é recomendado chegar à Praça com uma boa antecedência (pelo menos umas 2h), para garantir seu lugar lá dentro, em um ponto em que seja possível ver bem o Papa. Desde que a praça foi fechada, há filas para os controles de entrada, então considere que vai perder um tempo com isso. Além disso, recomendo que tenha um guarda-sol (ou chapéu, boné), pois, dependendo da época, o dia pode estar escaldante e não tem sombra. Leve também água e mantenha-se hidratado.
Mesmo assim, pode ser que o Papa não apareça nestes dias, devido à sua agenda. Por isso, confirme a presença do Papa nos dias da sua estadia em: https://www.vatican.va/content/francesco/it/events/year.dir.html/2023.html.

Museus Vaticanos: são inúmeras salas e galerias antes de chegar na Capela Sistina, com exposições permanentes muito interessantes. No Cortile della Pigna (Pátio da Pinha), destaca-se a escultura Esfera dentro da Esfera, do escultor italiano Arnaldo Pomodoro, que representa o Cristianismo. O Museu Gregoriano Egípcio tem múmias com mais de 4000 anos, sarcófagos e muitas peças da Babilônia e Mesopotâmia. Merece destaque também a Galeria das Cartas Geográficas, ou Sala dos Mapas, de todas as regiões da Itália, incluindo algumas ilhas: Sicília, Sardenha, Elba. Bilhete: € 16 (set/2017). Horário: de segunda à sábado, das 9h às 16h. Fechado aos domingos, exceto no último domingo de cada mês, quando a entrada é gratuita, e os museus são abertos somente das 9h às 14h, sendo que a última entrada é as 12h30. www.museivaticani.va. Metrô: Ottaviano (linha A – laranja).

Capela Sistina: construída pelo arquiteto Giovanni Dolci para o Papa Pio IV em 1473, seus afrescos começaram a ser pintados em 1481, representando a vida de Moisés (Antigo Testamento) de um lado e a vida de Cristo (Novo Testamento) do outro, como se usava nas antigas igrejas. Em 1508, o Papa Julio II pediu a Michelangelo que pintasse o teto da Capela. Michelangelo não estava preparado, por assim dizer, para pintar afrescos, pois havia se dedicado e frequentado a escola de escultura, fundada por Lourenço de Médici. Alguns pintores foram chamados de Florença para ajudá-lo, mas Michelangelo recusou a ajuda e expulsou todos os pintores florentinos. O trabalho só foi terminando em 1512. Ao olhar para cima, vemos o afresco da Criação do Homem, com Deus quase tocando Adão. Em 1535, Michelangelo começou a pintar no altar da Capela o Juízo Final, uma representação inspirada na narrativa bíblica, finalizando-o em 1541. Por ser uma capela, é recomendado fazer silêncio. É proibido tirar fotos, com ou sem flash.

Basílica de São Pedrode estilo renascentista, em planta de cruz latina, possui três naves totalmente abobadadas, com pilares de apoio às abóbadas de berço. A nave principal é a mais alta de todas as Igrejas. As naves são enquadradas por amplos corredores completados por várias capelas a eles adjacentes. O destaque central é o baldaquino sobre o Altar Papal, projetado por Bernini. Todo o interior da basílica está ricamente decorado com mármore, relevos, esculturas e ornamentos com acabamentos em ouro. Existe também uma série de esculturas em nichos e capelas, incluindo a Pietà, de Michelangelo. A basílica contém um grande número de túmulos, não só de papas como também de outras personalidades, notáveis, muitos considerados verdadeiras obras de arte. Entre eles, encontra-se o sepulcro do papa João Paulo II, que foi transformado em capela. No coração da Basílica, sob o altar-mor, está a Capela da Confissão, em referência à confissão de fé de São Pedro, que levou ao seu martírio. Sob o altar da Basílica, descendo as escadarias, chega-se ao túmulo onde está enterrado São Pedro, apóstolo de Jesus e o primeiro papa e, portanto, o primeiro na linha da sucessão papal. A construção do atual edifício, no local da antiga basílica erguida pelo imperador Constantino, começou em 18 de abril de 1506 e foi concluída em 18 de novembro de 1626, sendo consagrada imediatamente pelo Papa Urbano VIII. É o maior e mais importante edifício católico do mundo, com 218 m de comprimento e 136 m de altura (incluindo a cúpula) e apresenta uma área total de 23.000 m². Fica aberta entre as 7h e 18h30. De segunda a sábado, há missas nos seguintes horários: 9h, 10h, 11h, 12h, 17h. Já aos domingos e dias santos os horários são: 9h, 10h30, 11h30, 12h15, 13h, 16h, 17h30. Atenção com o vestuário para visitar a basílica: ombros devem estar cobertos e nada de roupas acima do joelho.


Onde comer: alguns lugares que conheci e gostei...

Mercato Centrale: centro gastronômico com vários quiosques onde se pode encontrar carnes e salames, massas frescas, frituras, hambúrgueres, pizzas napolitanas, trapizzino (disco de pizza recheado com molhos da tradição gastronômica romana), trufas, peixes feitos na hora e sushi, queijos, alcachofras e cogumelos, sorvetes, pães e pizzas al taglio, doces, chocolates, flores, vinhos, cafeteria e cervejaria. Um lugar para comer com qualidade a preços acessíveis. Lá comemos massas, pizza, sushi, sorvetes, todos muito bons! O espaço fica no interior da Estação Termini onde está a antiga e famosa Cappa Mazzoniana, uma obra em mármore português dos anos 30, nas cores branca, cinza e rosa, do arquiteto Angiolo Mazzoni. Na época, ali existia um enorme restaurante onde eram preparadas as refeições servidas nos restaurantes e bares dos trens que partiam da estação, e foi construída uma coifa (“cappa”, em italiano) de grande beleza e tamanho, daí a origem do nome. End.: Via Giolitti, 36.

Mino Ristorante: restaurante italiano com boas opções com peixes e frutos do mar, comida saborosíssima e bom preço.  Nós provamos o presunto cru com melão, a salada caprese, o papardelle ao molho Alfredo, um peixe grelhado e o tiramisú, todos excelentes. Próximo à Estação Termini, saindo pela Via Marsala. End.: Via Milazzo, 18.

Ristorante Sugo d’Orobem próximo à Piazza di Spagna, com bom atendimento e preços honestos. Pedimos presunto Parma e melão (€ 10.50, set/2017) de entrada. Pedi um espaguete com polvo e tomate cereja (“polpo e pachino”, € 13) que estava simplesmente delicioso! Voltaria lá com certeza só pra comer esse prato de novo! Tbm foram pedidos um espaguete à Carbonara (€ 9), uma salada Caesar (€ 10), um penne com salmão (€ 13.50) e espaguete alho e óleo (€ 7). E, de sobremesa, uma pannacotta (€ 5). Todos os pratos estavam bem gostosos. Recomendo! End.: Via di Propaganda, 22.

Satiricus Ristorante: restaurante bem próximo ao Vaticano de bom custo-benefício, recomendo após sua visita! Pedimos um “Menu SPQR” (€ 18, set/2017), com presunto cru e melão de entrada, massa à Matriciana como prato principal e tiramisú de sobremesa. A entrada e a massa estavam boas e bem servidas, o suficiente para duas pessoas que não comem muito. Não gostei tanto da sobremesa. O serviço tbm deixou um pouco a desejar, mas mesmo assim acho que vale a pena. Aberto todos os dias das 11h às 23h. End.: Via dei Corridori, 58.

Gelateria Grom: uma das coisas que vc deve experimentar na Itália é o famoso e delicioso gelato. Essa gelateria faz o gelato natural, sem aromatizante, emulsificante ou corante. Os sabores de frutas variam de acordo com as frutas da estação e tem sempre um sabor do mês. Há várias filias na cidade, uma na Piazza Navona. ótima oportunidade para dar uma paradinha e ficar observando o movimento da praça. End.: Via Agonale, 3.