Desta vez fui conhecer os maias e astecas... Mas não foi só isso, rs... O México é um lugar muito bom pra fazer turismo, pois tem atrações capazes de agradar os mais diversos tipos de turistas. Para quem ama praia, Cancun é um paraíso. Para quem adora umas ruínas (como eu, rs!), tem muitos sítios arqueológicos... Fiquei uma semana no México, sendo 4 dias em Cancun e 2 dias na Cidade do México, e achei que foi pouco tempo para a quantidade de coisas que tem pra fazer.
Como ir: viajei de Brasília a Cancun pela Copa Airlines (www.copaair.com), que era a cia. aérea que oferecia a melhor tarifa quando comprei. Eles oferecem uma opção interessante no momento da compra, que é a possibilidade de comprar a volta saindo de local diferente da ida. Assim, pode-se comprar o vôo de ida direto para Cancun e o de volta direto de Cidade do México, ambos fazendo conexão apenas em Cidade do Panamá (host da Copa). A Copa é uma companhia membro da Star Alliance, e suas milhas são computadas no TAM Fidelidade.
De Cancun a Cidade do México, fui com a cia. Aeromexico (www.aeromexico.com) , que tem diariamente vários horários de vôos diretos entre estas cidades.
Câmbio: a moeda no México é o peso mexicano (MXN). Comprei os pesos mexicanos aqui mesmo no Brasil, à época a cotação foi de 6,17 pesos a cada 1 real (BRL 1 = MEX 6,17). Vale a pena também levar um pouco de dólares, pois os preços dos passeios, em geral, são estabelecidos em dólares e as operadoras de turismo utilizam um câmbio ruim para fazer a conversão de dólar para peso, valendo a pena fazer o pagamento diretamente em dólares. O mesmo pode ocorrer para pagamento dos hotéis quando a tarifa é definida em dólares (o que é muito comum), mas é bom confirmar se o hotel aceita o pagamento diretamente em dólares.
O que fazer em Cancun: sugiro que reserve pelo menos dois dias para ficar no hotel, aproveitando a lindíssima praia e o mar azul-turquesa, além da comida, claro! Seguem dicas de passeios:
1. Aproveitar a praia: a Zona Hotelera é uma faixa de mais de 20km, localizada entre a Lagoa Nichupté e o Mar do Caribe, percorrida pela Boulevard Kukulcán. Ao longo dessa faixa há muitos hotéis, a maior parte cinco estrelas, e, em geral, a hospedagem, como a opção ou exclusivamente, em regime all-inclusive (todas as refeições inclusas, inclusive alguns tipos de bebidas alcoólicas). Boa parte das praias também nesta área são privativas dos hotéis. Assim, sugiro que escolha um hotel com algumas opções diferenciadas de restaurantes, para aproveitar também suas cozinhas nos dias em que for ficar pelo hotel.
A escolha da localização do hotel, ao longo da Zona Hotelera, depende do intuito da viagem. Ao norte é onde concentram-se os bares e discos (Coco Bongo, Señor Frog’s, Hard Rock Café, etc.). É o melhor lugar pra quem quer sair a pé para aproveitar a noite de Cancun. Na parte intermediária estão localizados os dois melhores shoppings da cidade: o La Isla (ao ar livre) e o Plaza Kukulkan (que tem uma ala chique, a Luxury Avenue). Já na parte mais ao sul estão localizados hotéis relativamente mais novos e mais espaçosos, com piscinas maiores, jardins, etc. Eu fiquei na parte sul, no hotel Oasis Sens All-inclusive (Bld Kukulcan, km 19.5 na Zona Hotelera).
Quanto ao regime, se all-inclusive ou não, acredito que seja bom se for ficar mais no hotel, aproveitando a praia. Se o intuito for fazer muitos passeios ou aproveitar à noite de Cancun, provavelmente o all-inclusive não vale a pena.
2. Mergulho: pode ser em Cancun, Isla Mujeres, Cozumel. Para quem gosta de mergulhar, o mar do Caribe é sensacional. Mesmo para quem nunca mergulhou com cilindro, os mergulhos são acompanhados por profissionais, que ensinam o principal e treinam os “mergulhadores” numa piscina ou à beira-mar, antes de sair para o passeio em alto-mar. Vale muito a pena.
Contratei este passeio (Mergulho iniciantes em Cancun – US$ 80) e o de Chichén Itzá (a seguir) na agência de turismo do Alvaro* (www.alvarotours.com.mx). Ele trabalha há muitos anos com brasileiros, inclusive fala português, é bem atencioso e os preços dele são compatíveis com os de outras agências. Eles tem diversas opções de passeios, além destes, e basta ligar que ele busca no hotel e leva os turistas à agência para conhecer os passeios e fechar o que achar interessante. Sugiro dar uma olhada no site nos passeios que achar interessantes, para saber aproximadamente o valor em dólares a levar para pagar os mesmos.
*Alvaro Tours – Blvd Kukulcán, km 8,5 da Zona Hotelera – Tel: 883 4052 / 044 (998) 126 2394.
3. Chichén Itzá: sítio arqueológico maia, que fica a aproximadamente 2h30 a 3h de Cancun. As agências de turismo oferecem excursões para ir às Pirâmides – com refeições, entrada do sítio e passagem em um cenote (poço sagrado para os maias). Em Chichén Itzá pode-se visitar os Templos do Tigre e do Grande Sacerdote, o Trono do Jaguar Vermelho, o Muro do Sacrifício, o Convento das Monjas e a Pirâmide de Kukulkan. Se for conhecer apenas uma cidade maia, vá nesta, que era considerada cidade sagrada pelos maias e foi eleita uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno. Fiz o passeio abaixo, oferecido pela Alvaro Tours:
Chichen Itza Especial – US$ 70 (van com água, guarda-sóis e guias falando português)
O passeio começa com a visita de Chichén Itzá, que tem uma superfície de aprox. 15 km, realçando o Castelo dedicado ao culto do Deus Kukulcán, onde se apresentam os equinócios de março e setembro, o fenômeno de luz e sombra e pode-se ver como desce a Serpente Emplumada. O Templo dos Guerreiros, o Observatório, o Cenote Sagrado, o jogo de Bola, são apenas uma parte da grandeza dessa civilização. Almoço tipo buffet no restaurante Mayaland. Continuamos ao Cenote Ik kil, onde se pode nadar em suas águas frescas e cristalinas. O passeio termina com a visita à cidade colonial de Valladolid, que foi uma das primeiras cidades a ser conquistada pelos espanhóis.
4. Outros passeios: para quem tiver mais tempo em Cancun e interesse, pode-se ainda fazer outros passeios, como nado com golfinhos, visita à cidade maia de Tulum, Xcaret (ecoparque da Riviera Maia), Playa del Carmem, entre outros.
Onde ir à noite:
Balada: Coco Bongo – um night club criativo, que tem shows de vários covers de artistas ao longo da noite. Imperdível.
Dicas:
- A Boulevard Kukulkan é percorrida, entre 6h e 22h, por ônibus razoáveis e com bom preço. Precisando voltar para o hotel à noite, tome um táxi; a tarifa é fixa, não deve sair mais do que 7 dólares.
- Traslado do aeroporto ao hotel: www.cancunfirstclass.com/traslados-aeroporto-cancun.asp - US$ 9 por pessoa até Zona Hotelera; dependendo da quantidade de pessoas (mais de duas), vale a pena tomar um táxi, mas negocie bastante o preço, e fora do aeroporto.
O que fazer em Cidade do México: fiquei em um hotel na Zona Rosa (Room Mate Valentina), próximo à Av. Paseo la Reforma, um bom lugar para quem quer passear pelo centro da cidade. Há vários hotéis bons e com preços razoáveis nesta região. Acredito que em três dias nesta cidade dá pra conhecer o básico. Claro que há muito mais, já que estamos falando de uma das maiores cidades do mundo. Seguem dicas de passeios:
1. Parque de Chapultepec: entre árvores e lagos, tem um zoológico, um jardim botânico, um castelo. Há um trenzinho que dá uma volta dentro do parque, por 15 pesos mexicanos.
Museu de Antropologia: próximo ao parque, considerado um dos melhores museus de antropologia do mundo, permite-nos conhecer um pouco melhor a cultura pré-colombiana, entender a diferença entre os povos incas, maias, astecas, teotihuacanos, e outros que viveram na América Latina.
Museu de Antropologia – terça a domingo de 9 a 19hs – entrada: $ 57 mn (em dinheiro)
2. Parque Arqueológico de Teotihucan: visita às “pirâmides astecas” de Teotihucan (entrada: $ 57 mn). Passeio pela zona arqueológica, para conhecer as Pirâmides do Sol e da Lua, a Avenida dos Mortos, o Palácio das Mariposas e o Templo de Quetzacoatl. A cidade foi construída pelos teotihuacanos, que a abandonaram, não se saber ao certo por qual motivo. Em seguida, fora encontrada pelos astecas que a consideraram um “lugar dos deuses”. Para chegar lá: pegar o metrô em direção à estação Indios Verdes (3). Da estação, pegar um ônibus (colectivo) em direção às pirâmides (aprox. $ 38 mn). Basta ir ao terminal de bus norte, se dirigir ao guiche 8 e comprar sua passagem para as Pirâmides. Tem placas indicando o caminho. Esses ônibus te deixam nas pirâmides, em aproximadamente 1h. Sugiro que vá bem cedo, pois nesse trajeto (metrô + ônibus) pode-se levar quase 3h, e o sol no sítio arqueológico é escaldante. Alguns hotéis oferecem excursões para as pirâmides, se não for caro, talvez compense pelo transporte e guia.
3. Passeio no Centro da Cidade: Praça Zócalo; Catedral Metropolitana; Palacio Nacional (onde encontram-se os murais de Diego Rivera, principal pintor mexicano, que retrata toda a história do México em seus painéis – entrada gratuita); Ruínas e Museu Templo Mayor (onde se pode ver as ruínas da cidade asteca destruídas pelos espanhóis); Torre Latinoamericana (onde há um mirante, que possibilita ter uma visão da cidade do alto); Palacio de Bellas Artes (principal teatro de ópera da cidade, famoso por sua arquitectura exterior, em estilo Beaux Arts, e por seus murais no interior, incluindo alguns de Diego Rivera).
Pode-se ir também à Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe, considerada o principal templo da Igreja Católica no continente americano, que é um pouco mais distante, sendo necessário, pelo menos meio dia para este passeio. A Basílica não está no centro da cidade, fica localizada na região norte da Cidade do Mexico, ao final da Av. Insurgentes Norte, próxima à estação de metrô La Villa – Basilica (linha 6 - vermelha).
Onde ir à noite: O bairro de Polanco é o “Jardins” da Cidade do México, com muitos bares e restaurantes bacanas.
Dicas:
- Tem um centro de informações ao turista, com mapas gratuitos, no aeroporto (próximo à porta 2).
- Uma das linhas de metrô de Cidade do México chega até o aeroporto: estação “Terminal Aerea” (linha 5 - amarela). Ela faz conexão com outras linhas, assim pode-se tomar a mesma para ir e vir ao aeroporto.
- Táxi - peguem somente os autorizados. Cuidado com táxis na rua. Nunca peguem os fusquinhas, pois eles são conhecidos por assaltarem os turistas.
O que comer/beber: tequilas (rs...) – eles tem várias, vale a pena experimentar algumas diferentes, além da comida mexicana (tacos, chili, guacamole, etc.)
Mapa do metrô de Cidade do México:
